Nos últimos anos, a equipe de futebol feminino dos Estados Unidos tem sido uma das favoritas em competições internacionais, incluindo a Copa do Mundo. Embora o ciclo atual tenha sido turbulento, e a equipe não tenha empolgado em alguns momentos, é importante notar que as campeãs mundiais são sempre consideradas candidatas ao título devido à sua história de sucesso.
O técnico Vlatko Andonovski é mencionado como alvo de críticas devido a algumas convocações e não convocações, mas também é destacado que ele está realizando um trabalho de renovação na equipe. Durante esse ciclo, o treinador enfrentou desafios devido à ausência de jogadoras importantes, como Julie Ertz, que retornou à equipe em abril de 2023 após uma grave lesão no joelho e uma gestação. Além disso, as jogadoras Mallory Swanson, Christen Press e Tobin Heath também tiveram problemas médicos e não puderam participar da Copa do Mundo.
Apesar de algumas dificuldades, a equipe dos Estados Unidos conquistou o título da CONCACAF W Championship, que também serviu como eliminatória para a Copa do Mundo de 2023. No entanto, o texto menciona que a sequência de derrotas em amistosos contra adversários com aspirações semelhantes é preocupante. Foram três derrotas contra Inglaterra, Espanha e Alemanha.
Em relação ao desempenho recente, o título da SheBelieves Cup em 2023 é uma boa notícia para a seleção estadunidense, embora as atuações no torneio não tenham sido empolgantes. As três vitórias na competição ajudaram a interromper a sequência negativa contra seleções de maior ambição e aliviaram a pressão sobre a comissão técnica antes da Copa do Mundo.
Com base no ranking da FIFA, os Estados Unidos ocupam o 1º lugar, o que indica sua posição como uma das principais equipes do futebol feminino mundial. A equipe já participou de todas as oito edições anteriores da Copa do Mundo, vencendo o torneio em quatro ocasiões (1991, 1999, 2015 e 2019), o que demonstra sua tradição e sucesso na competição.
A equipe dos Estados Unidos possui qualidade suficiente para competir pelo tricampeonato mundial consecutivo, apesar dos problemas enfrentados durante o quadriênio. No entanto, a distância em relação a outras seleções ao redor do mundo vem diminuindo nos últimos anos, e elas não são mais consideradas as amplas favoritas e a equipe a ser batida.
Isso pode ser positivo para a equipe de Vlatko Andonovski, pois tira a obrigação de conquistar o título mundial e permite que a etapa final de preparação seja realizada com menos pressão sobre o elenco. O retorno de jogadoras como Crystal Dunn e Julie Ertz, que estavam ausentes devido à gravidez, é um trunfo para a comissão técnica na Copa do Mundo. Ambas foram fundamentais na conquista dos Estados Unidos na última edição, com Dunn adicionando velocidade e ofensividade pelo flanco esquerdo, enquanto Ertz se destacava pelo trabalho defensivo e de cobertura, permitindo que outras jogadoras tivessem liberdade de avançar.
Julie Ertz é considerada o termômetro da equipe estadunidense. Durante o período em que esteve ausente, a seleção teve dificuldades na montagem do meio-campo e sofreu mais gols. A reposição de Ertz, como Andi Sullivan, não apresenta exatamente as mesmas características da titular. Embora Sullivan tenha qualidade na saída de bola e na organização das jogadas ofensivas, ela não tem a mesma capacidade de cobertura defensiva. Sam Coffey, que teve destaque no Portland Thorns nessa função entre a defesa e o meio-campo, seria uma alternativa interessante, mas não recebeu muitas oportunidades durante o ciclo.
Crystal Dunn é ponta no Portland Thorns, mas sua importância no esquema dos Estados Unidos está principalmente no aspecto ofensivo. Ela é uma jogadora versátil que pode atuar como lateral-esquerda na seleção, mas seu ponto forte é contribuir no ataque. No meio-campo ideal projetado por Andonovski, as duas meio-campistas parceiras de Ertz se destacam mais no apoio e construção ofensiva do que na recomposição defensiva. Portanto, cabe a Ertz desempenhar o papel de proteção às zagueiras.
No meio-campo, Rose Lavelle e Lindsey Horan despontam como favoritas para completar o trio. Ambas estiveram no elenco campeão mundial em 2019 e são importantes para a equipe. Lavelle pode atuar como ponta ou meio-campista ofensiva e é conhecida por sua habilidade em conduzir a bola pelo lado direito do campo. Horan tem um estilo de jogo mais cadenciado e contribui com sua qualidade técnica para a troca de passes, jogadas de bola parada e finalizações de média distância.
Outra opção interessante no meio-campo é Savannah DeMelo, que se destaca no trabalho ofensivo e na qualidade nos momentos de bola parada. Ela seria uma alternativa para elevar a média de altura da equipe e auxiliar em movimentos próximos ao centro do campo. A ausência de Sam Mewis, devido a lesões frequentes, é uma perda importante nessa região do campo. Sua irmã, Kristie Mewis, é uma boa opção para o centro do campo, e Taylor Kornieck também poderia ser uma alternativa, mas não foi convocada para o mundial.
Nas laterais, Kelley O'Hara enfrenta dificuldades em manter uma sequência grande de partidas devido a lesões. A comissão técnica conta com opções como Casey Krueger, que se destaca como lateral no Chicago Red Stars, e Sofia Huerta, que se firmou como lateral-direita, mas tem origem como meio-campista. Crystal Dunn, após retornar de sua gravidez, ganhou destaque como lateral-esquerda. Emily Fox também pode atuar nas laterais e já atuou junto com Dunn na vitória sobre a Irlanda.
Na defesa central, Naomi Girma é uma jogadora sólida e destaca-se por sua habilidade técnica na saída de bola. Ela tem boas chances de se manter na titularidade e terá como parceira de defesa uma jogadora do OL Reign, possivelmente Emily Sonnett ou Alana Cook. Becky Sauerbrunn, lesionada, não poderá disputar sua quarta Copa do Mundo consecutiva.
Na posição de goleira, Casey Murphy e Alyssa Naeher são as principais opções. Naeher foi titular na conquista do mundial de 2019 e na campanha olímpica posterior. A disputa pela titularidade pode variar durante a fase de grupos, e ambas são goleiras confiáveis. Aubrey Kingsbury é a terceira opção e tem um histórico interessante como goleira na Liga nacional.
No ataque, apesar das lesões de jogadoras como Christen Press, Tobin Heath e Mallory Swanson, a equipe conta com jogadoras talentosas como Sophia Smith, Megan Rapinoe e Alex Morgan. Smith, atacante habilidosa e veloz, pode desequilibrar pelos lados do campo e até atuar centralizada. A titularidade de Morgan dependerá de sua condição física, e Lynn Williams também é uma opção importante no ataque.
Em resumo, os Estados Unidos têm um elenco de qualidade e várias opções para cada posição. A equipe conta com jogadoras experientes e talentosas, mesmo com algumas ausências devido a lesões. A disputa por posições no time titular será acirrada, e a comissão técnica terá que fazer escolhas estratégicas para obter sucesso na Copa do Mundo.
Ranking da FIFA: 1º Lugar.
Participações Anteriores em Copas do Mundo: 8/8 (1991, 1995, 1999, 2003, 2007, 2011, 2015, 2019).
Melhor Campanha: Campeão (1991, 1999, 2015, 2019).
Time-Base:
Casey Murphy; Sofia Huerta, Alana Cook, Naomi Girma, Crystal Dunn; Rose Lavelle, Julie Ertz, Lindsey Horan; Trinity Rodman, Alex Morgan, Sophia Smith.
Técnico: Vlatko Andonovski (desde Outubro de 2019).
Convocação
Goleiras: 1-Alyssa Naeher (35 anos – 20/04/1988; Chicago Red Stars), 18-Casey Murphy (27 anos – 25/04/1996; North Carolina Courage), 21-Aubrey Kingsbury (31 anos – 20/11/1991; Washington Spirit);
Laterais: 3-Sofia Huerta (30 anos – 14/12/1992; OL Reign), 5-Kelley O’Hara (34 anos – 04/08/1988; NJ/NY Gotham FC), 19-Crystal Dunn (31 anos – 03/07/1992; Portland Thorns), 23-Emily Fox (25 anos – 05/07/1998; North Carolina Courage);
Zagueiras: 4-Naomi Girma (23 anos – 14/06/2000; San Diego Wave), 12-Alana Cook (26 anos – 11/04/1997; OL Reign), 14-Emily Sonnett (29 anos – 25/11/1993; OL Reign);
Volantes/Meio Campistas: 2-Ashley Sanchez (24 anos – 16/03/1999; Washington Spirit), 8-Julie Ertz (31 anos – 06/04/1992; Angel City FC), 9-Savannah DeMelo (25 anos – 26/03/1998; Racing Louisville), 10-Lindsey Horan (29 anos – 26/05/1994; Lyon-FRA), 16-Rose Lavelle (28 anos – 14/05/1995; OL Reign), 17-Andi Sullivan (27 anos – 20/12/1995; Washington Spirit), 22-Kristie Mewis (32 anos – 25/02/1991; NJ/NY Gotham FC);
Pontas: 7-Alyssa Thompson (18 anos – 07/11/2004; Angel City FC), 11-Sophia Smith (22 anos – 10/08/2000; Portland Thorns), 15-Megan Rapinoe (38 anos – 05/07/1985; OL Reign), 20-Trinity Rodman (21 anos – 20/05/2002; Washington Spirit).
Atacantes: 6-Lynn Williams (30 anos – 21/05/1993; NJ/NY Gotham FC), 13-Alex Morgan (34 anos – 02/07/1989; San Diego Wave).
Lista de Suplentes: Não Divulgada.
Ausências Notáveis:
Sam Mewis (MC/VOL - Kansas City Current; recuperando-se de cirurgia no joelho realizada em janeiro de 2023).
Catarina Macario (MA/AT - Lyon-FRA; lesão no ligamento cruzado anterior do joelho esquerdo sofrida em junho de 2022).
Mallory Swanson (PD/PE - Chicago Red Stars; rompimento do tendão patelar do joelho esquerdo ocorrido em abril de 2023).
Christen Press (PE/PD - Angel City FC; lesão no ligamento cruzado anterior do joelho esquerdo sofrida em junho de 2022).
Tobin Heath (PD/PE - OL Reign; recuperando-se de cirurgia no joelho esquerdo realizada em setembro de 2022).
Becky Sauerbrunn (ZAG - Portland Thorns; lesão no pé sofrida em abril de 2023).
Casey Krueger (LD/ZAG/LE - Chicago Red Stars; opção técnica).
Tierna Davidson (ZAG/LE - Chicago Red Stars; opção técnica).
Sam Coffey (VOL - Portland Thorns; opção técnica).
Taylor Kornieck (MA/MC/VOL - San Diego Wave; opção técnica).
Midge Purce (PD/PE - NJ/NY Gotham FC; opção técnica).
Ashley Hatch (AT - Washington Spirit; opção técnica).
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