Menos de dois anos após a eliminação nas quartas-de-final do torneio olímpico de futebol feminino dos Jogos Rio-2016, os Estados Unidos mostraram que não perderam hierarquia, e seguem sendo a seleção mais poderosa do Mundo. As estadunidenses bateram a França por 2 a 1, em partida válida pelas quartas-de-final da Copa do Mundo 2019, e avançam à semifinal, como sempre ocorreu na história, para encarar desta vez a Inglaterra. A França mais uma vez é eliminada sem medalha de um grande torneio, mesmo que os chaveamentos, não venham lhe sendo favoráveis.
Os Estados Unidos começaram o jogo, praticamente chegando ao seu gol, com Rapinoe cobrando uma falta lateral baixa, e vencendo Bouhaddi. Num jogo com muitos duelos aéreos e físicos, o gol cedo fez a diferença para a condução de uma primeira etapa, onde a França só foi gerar melhor o seu jogo no final. No segundo tempo, os EUA começaram atacando bastante a partir dos lados, buscando conduções pelas pontas de suas atacantes, contra as laterais francesas. Assim saiu o segundo gol, marcado por Rapinoe. Com a vantagem dobrada, as estadunidenses baixaram bem sua pressão, defendendo mais em campo próprio, com uma linha de cinco mais baixa, e três jogadoras na sua frente. Sem extremas na frente das alas, os costados norte-americanos ficaram mais expostos, podendo ser atacados pelas atacantes e laterais francesas com conduções de bola. Espetando as rivais pelas pontas, a França foi arrumando brechas para chutar de fora da área, e especialmente após a entrada de Cascarino, gerando faltas com elas e Le Sommer, pelos dois lados.
Numa dessas faltas, Wendie Renard subiu na área, e de cabeça descontou. Após sofrer o gol, os Estados Unidos passaram a tentar cozinhar o jogo, e prender a bola na frente, até o apito final, que consumou a vitória das atuais campeãs. Os Estados Unidos seguem assim com a marca de nunca terem ficado de fora de uma semifinal de Mundial feminino, e batendo as donas da casa, ficam com a condição de favoritas à manutenção do título. As francesas podem lamentar uma ou outra escolha de Corine Diacre, que tendo a base do Lyon em seu sistema defensivo, optou por não levar Katoto, artilheira do PSG, para o ataque, e deixar Cascarino, a maior parte da Copa do Mundo, no banco. Contudo, a comandante atuou bem sua equipe em campo, e a eliminação foi muito mais por méritos do time da técnica Jill Ellis, que deméritos das francesas.
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