Há 13 anos, a torcida do Real Madrid aplaudia de pé toda a magia e a genialidade de Ronaldinho Gaúcho. No dia 19 de novembro de 2005, o Barcelona fazia 3x0 no Real Madrid, no primeiro El Clásico de Lionel Messi como profissional, e no mais inesquecível derby espanhol de Ronaldinho Gaúcho.
Era a troca da Guarda no futebol espanhol. Começava a se consolidar ali o decréscimo dos Galáticos do Real Madrid. Zidane vivia sua última temporada como profissional, Ronaldo começava a perder a luta contra as lesões e a balança, Beckham, Roberto Carlos e Raúl viveriam ainda bons momentos, mas nada como antes. Todos então treinados pelo professor Vanderlei Luxemburgo, outro que começaria uma decadência após a passagem pelo Bernabeú. No Barcelona, ao contrário, se vivia uma ascensão, simbolizada por dois fatos: a contratação de Ronaldinho Gaúcho em 2003 e o estouro de Messi neste 2005.
Já na primeira temporada de Ronaldinho pelo Barcelona, os Culés derrotaram o Real Madrid por 3x0 no Camp Nou. No returno, no Bernabéu, o Real chegou a fazer 4x2, no último grande jogo dos galáticos reunidos. O título da Liga, contudo acabou mesmo com o Barça, que viveria momentos ainda mais inesquecíveis na temporada seguinte.
Neste primeiro El Clásico da época 2005/2006, a grande incógnita pré-jogo era se Frank Rijkaard mandaria para o campo o garoto de 18 anos Lionel Messi. Pois Messi jogou, formando o tridente ofensivo com Eto'o e Ronaldinho. E como jogou! O argentino atuou pela ponta-direita, e fez da vida de Roberto Carlos um inferno. Foi ele quem deixou o brasileiro na saudade e fez uma jogadaça para Eto'o abrir o placar para os Blaugranas, dando início a um espetáculo, que seria ampliado na segunda etapa.
Já com o time do Real cansado e a vitória encaminhada, Messi foi substituido por Iniesta, e do banco, assistiu dois gols antológicos de Dinho. Primeiro, R10 arrancou do meio-campo, passou com uma habilidade absurda por Sergio Ramos e Helguera, e na cara de Casillas, só deu um toquinho para o gol. Pouco depois, Ronaldinho arrancou de novo, e só deu fim a corrida quando ela se transformou em gol.
Era o começo de uma arrancada sensacional daquele Barcelona, que além de Ronaldinho e de Messi, também era dos gols de Eto'o, da raça de Puyol, da maestria de Deco, da categoria de Rafa Márquez. Ao final daa temporada, o Barça conquistaria o doblete, Liga e Champions, e começaria um final de ciclo. Nas duas temporadas seguintes, o Real voltou a se sagrar campeão espanhol. Foi aí, que em 2008, Rijakaard deixou o comando Culé, para Pep Guardiola assumir e montar um esquadrão, ainda mais forte do que o de 2006. O contra-ataque do Real viria com a chegada de Cristiano Ronaldo à Madrid em 2009, e o começo de uma das eras mais legais da história do futebol, que se estendeu até 2018, com a ida de CR7 para a Juventus.
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