Guia do Mundial de Vôlei masculino 2018
Começa no próximo domingo, dia 9 de Setembro, o Mundial de Vôlei Masculino 2018. Essa será a 19ª edição da competição, organizada pela Federação Internacional de Voleibol (FIVB), sendo sediada por dois países Itália e Bulgária, em nove cidades, e disputada por 24 seleções, separadas em 4 grupos na primeira fase.
As 4 primeiras seleções de cada grupo, se classificam para a segunda fase, onde novamente vão se formar 4 grupos, agora com 4 seleções. Na terceira fase, terenos dois triangulares, que precedem as semifinais, e a final.
O último Mundial ocorreu em 2014, na Polônia, e teve a seleção da casa como campeã, após vencer na final o Brasil, por 3 sets a 1.
Os campeões do Mundial de vôlei masculino:
Rússia (União Soviética): 6 títulos.
Brasil e Itália: 3 títulos.
República Tcheca e Polônia: 2 títulos.
Estados Unidos e Alemanha Oriental: 1 título.
Confira abaixo o perfil das 24 seleções que vão disputar a competição em 2018, grupo por grupo:
Grupo A: Itália, Argentina, Japão, Bélgica, Eslovênia e República Dominicana.
Itália
Sediando a competição junto com a Bulgária, a Itália do técnico Gianlorenzo Blengini está na 4ª colocação no ranking da FIVB, apesar de participações não muito boas nas duas últimas Ligas das Nações/Mundial, mas a medalha de prata conquistada na Rio-2016, o elenco,e a força da camisa, não deixam de colocar que a pátria da Bota e é uma das favoritas ao título. Os italianos são tricampeões, e já conquistaram o Mundial em 1990, 1994 e 1998.
A Azurra conta com uma geração de atletas talentosos, como o oposto de origem russa Ivan Zaytsev, e os ótimos Giannelli e o cubano naturalizado Juantorena, além de Filippo Lanza, um dos melhores receptores do planeta.
A Azurra conta com uma geração de atletas talentosos, como o oposto de origem russa Ivan Zaytsev, e os ótimos Giannelli e o cubano naturalizado Juantorena, além de Filippo Lanza, um dos melhores receptores do planeta.
Argentina
A Argentina vai à Itália sonhando com o título, mas com potencial para, ao menos, o pódio. O técnico Julio Velasco se despede da seleção após a competição, tentando ao menos repetir o resultado alcançado em 1982, quando a albiceleste conseguiu o bronze. Em 2014, a Argentina terminou na 11ª colocação, mas no Rio-2016, foi quinta colocada, fazendo a melhor campanha da fase de grupos, e é a 7ª colocada no ranking da FIVB.
A Argentina também conta com uma seleção talentosa, e talentos como Facundo Conte, Sebastian Solé, Alejandro Toro, e o levantador Luciano De Cecco. Mas olho aberto no garoto de 20 anos, Agustín Loser, jogador do Club Ciudad de Buenos Aires. Em 2017, ele fez parte da albiceleste campeã mundial Sub-23, e é uma das maiores promessas do voleibol mundial na atualidade.
Japão
Outrora a primeira grande potência de fora do Leste Europeu, o Japão tenta voltar aos bons momentos, há menos de dois anos de sediar os Jogos Olímpicos. O país ocupa a 12ª posição no ranking da FIVB, e aposta no trabalho do técnico Yuichi Nakagaichim que em 2015 e 2017 conquistou o título do Campeonato Asiático de Voleibol, retomando a hegemonia continental. Um dos cinco maiores pontuadores da Liga das Nações, o oposto Yuji Nishida, de apenas 18 anos e 1,86cm de altura, é o principal atleta, e uma esperança, especialmente para Tóquio-2020.
O Japão foi medalhista de bronze nos Mundiais de 1970 e 1974, mas hoje, uma medalha parece distante, embora não alcançar o mata-mata, seria um fiasco.
Bélgica
A Bélgica está em 15º no ranking da FIVB, e é uma das seleções de maior ascensão no cenário europeu, com atletas como Sam Deroo evoluindo bastante. O seu grande objetivo, é chegar no mata-mata.
Eslovênia
A Eslovênia é a 23ª no ranking da FIVB. O país é o único estreante em Mundiais nesta edição, e tem evoluído nos últimos anos. Vice-campeã europeia em 2015, e quadrifinalista em 2017, conquistou também a segunda divisão da Liga Mundial 2017. O técnico sérvio Slobodan Kovac montou uma equipe, capaz de fazer um bom Mundial.
República Dominicana
A República Dominicana é a 38º no ranking da FIVB, e só está no Mundial por conta de tramas da NORCECA, que organizou o torneio eliminatório em meio à chegada de um Furacão no Caribe, e ainda fez direcionamento de grupos. Dificilmente, o país vai passar de fase.
Grupo B: Brasil, Canadá, China, Egito, França e Holanda.
Brasil
O Brasil é o líder do ranking da FIVB, atual campeão olímpico, e participou das últimas quatro finais de Mundial, tendo ganho três. O grupo com a boa França, mais o ascendente Canadá, Egito, China e Holanda, não é um desafio, e os brasileiros devem lutar com os franceses pelo primeiro lugar.
Agora comandada pelo técnico Renan Dal Zotto, e com talentos como Bruninho, Wallace, Lucão e Lipe, a seleção brasileira leva seu time mais fraco para um Mundial neste Século, e deve perder nível até 2022, mais ainda assim, lutará por um lugar no pódio, e até mesmo o mais alto, tanto no Mundial, como em Tóquio-2020. De se lamentar muito, a lesão de Lucarelli, um dos nomes jovens que surgiram no voleibol brasileiro recentemente, e destaque do país na Rio-2016. Depois de convocado, ele acabou cortado por conta da lesão sofrida na preparação para o torneio mundialista.
Canadá
A seleção canadense é a 6ª colocada no ranking da FIVB, e a de maior crescimento no voleibol mundial. O trabalho do técnico francês Stéphane Antiga, já rendeu um 7º lugar na Polônia, e em 2018, a esperança é de pódio.
O levantador Tyler Sanders, os pontas Gord Perrin e Nicholas Hoag, e o líbero Blair Bann são os craques de uma geração, que quer fazer história.
O levantador Tyler Sanders, os pontas Gord Perrin e Nicholas Hoag, e o líbero Blair Bann são os craques de uma geração, que quer fazer história.
China
A China é a 20ª colocada no ranking da FIVB. O time do argentino Raúl Lozano terá a missão de chegar ao mata-mata, em um grupo viável. O principal nome do elenco, é o jogador de apenas 24 anos, Jiang Chua, maior pontuador da primeira fase da Liga das Nações 2018, com 274 pontos.
Egito
O Egito é o 13ª colocado no ranking da FIVB, e vai disputar o avanço de fase, com Holanda e China. Esta será a 6ª participação do selecionado do Egito no Mundial, com o melhor lugar alcançado no torneio sendo o 7º, em 2010. Octacampeão africano, o time perdeu a última final para a Tunísia, tendo ganho o continente pela última vez, em 2015.
Capitão da equipe, o experiente Ahmed Abdelhay, vai para a 4ª participação em Mundiais de voleibol.
Capitão da equipe, o experiente Ahmed Abdelhay, vai para a 4ª participação em Mundiais de voleibol.
França
A França chega ao Mundial de voleibol masculino 2018, como a grande favorita ao título, especialmente se o ponteiro Earvin N'gapeth estiver em seu melhor. O melhor jogador do planeta, e a atual geração dourada gaulesa, já conquistaram a Liga Mundial em 2015 e 2017, também sendo campeã europeia em 2015, mas falta um Mundial e/ou os Jogos Olímpicos, onde ainda nem sequer pegou medalha. Em 2014, no Mundial da Polônia, o time foi o de melhor desempenho técnico nas fases iniciais, mas ficou em quarto lugar. O time do técnico Laurent Tillie, é o 9ª colocado no ranking da FIVB.
Na Rio-2016, N'gapeth estava descontado, o time caiu no grupo da morte, e nem sequer avançou. O melhor resultado do país em mundiais, ainda é o bronze do Mundial 2002, com a geração anterior a esta.
Na Rio-2016, N'gapeth estava descontado, o time caiu no grupo da morte, e nem sequer avançou. O melhor resultado do país em mundiais, ainda é o bronze do Mundial 2002, com a geração anterior a esta.
Holanda
A Holanda é a 25º no ranking da FIVB, já foi vice-campeã no Mundial de 1994, conquistou os Jogos Olímpicos e o Campeonato europeu, mas hoje, não possui a mesma força dos ano de 1990, e estava há 16 anos sem jogar um Mundial de voleibol masculino. Para 2018, , a vaga foi conquistada na segunda rodada da qualificatória da CEV (Confederação Europeia de Voleibol). O time terminou no 14º lugar do último Campeonato Europeu. O oposto Nimir Abdel-Aziz, que joga no voleibol italiano, é a principal referência no ataque.
Grupo C: Estados Unidos, Rússia, Sérvia, Austrália, Tunísia e Camarões.
Estados Unidos
Campeões em 1986, os EUA do técnico John Speraw, chegam fortes ao Mundial. Sétimo colocado na Polônia, o time americano foi campeão da Copa do Mundo em 2015 e bronze na Rio-2016, e conta com bons nomes, como os pontas Aaron Russell e Taylor Sander, o ponta/oposto Matt Anderson, o levantador Micah Christenson, e o líbero Eric Shoji.
Rússia
A Rússia do técnico Sergey Shlyapnikov é a atual campeã da Liga Mundial, e uma das favoritas ao título. O time conta com o oposto Maxim Mikhaylov, e jovens como o ponta Dmitry Volkov, e o central Ilia Vlasov vem ascendendo, no país que ficou em quarto lugar na Rio-2016, mas nunca ganhou um Mundial como Rússia, mesmo tendo herdada as seis taças da União Soviética, que mesmo sem existir desde 1991, ainda é a maior campeã do planeta de voleibol.
A Rússia do técnico Sergey Shlyapnikov é a atual campeã da Liga Mundial, e uma das favoritas ao título. O time conta com o oposto Maxim Mikhaylov, e jovens como o ponta Dmitry Volkov, e o central Ilia Vlasov vem ascendendo, no país que ficou em quarto lugar na Rio-2016, mas nunca ganhou um Mundial como Rússia, mesmo tendo herdada as seis taças da União Soviética, que mesmo sem existir desde 1991, ainda é a maior campeã do planeta de voleibol.
Sérvia
A seleção sérvia do técnico Nikola Grbic, terminou em 9º lugar no Mundial de 2014, e nunca ganhou um Mundial, nem como Iugoslávia. Atualmente, está na 11ª posição do ranking da FIVB.
Depois de ficar fora da Rio-2016, mais ganhar a liga mundial daquele ano, a Sérvia, do técnico Nikola Grbic e do oposto Aleksandar Atanasijevic, conquistou a Liga Mundial 2016, muito por apostar apenas nela, mas viveu um último biênio de altos e baixos.
Depois de ficar fora da Rio-2016, mais ganhar a liga mundial daquele ano, a Sérvia, do técnico Nikola Grbic e do oposto Aleksandar Atanasijevic, conquistou a Liga Mundial 2016, muito por apostar apenas nela, mas viveu um último biênio de altos e baixos.
Austrália
A Austrália é a 16º colocada no ranking da FIVB, ao lado de Cuba, e chega forte ao Mundial. O time do técnico Mark Lebedew atingiu a 15ª colocação em 2014, mas em 2007, por exemplo, foi Ouro no Campeonato Asiático. Não avançar de fase em uma chave acessível, seria uma tremenda decepção.
Tunísia
Atual campeã africana, a Tunísia é a 24ª colocada no ranking da FIVB, e deve disputar a quinta colocação deste grupo C com a também africana seleção de Camarões. A chave conta com três potências como EUA, Rússia e Sérvia, e a ascendente Austrália, o que torna quase inviável uma classificação.
Camarões
Camarões deve disputar com a Tunísia a quinta colocação deste grupo C. Terceiro colocado no campeonato africano, o time do técnico Blaise Mayam Re Niof tem como principal peça Nathan Wounembain, que joga no voleibol francês.
Grupo D: Bulgária, Polônia, Irã, Cuba, Finlândia e Porto Rico.
Bulgária
Sediando a competição ao lado da Itália, a Bulgária é a 14º no ranking da FIVB e em 2017, ficou em 6º lugar no Campeonato Europeu.
Se conseguir ir passando de fase, essa Bulgária do oposto Tsvetan Sokolov, pode lutar pelo título, ou ao menos medalha, como fez a Polônia, há quatro anos atrás.
Se conseguir ir passando de fase, essa Bulgária do oposto Tsvetan Sokolov, pode lutar pelo título, ou ao menos medalha, como fez a Polônia, há quatro anos atrás.
Polônia
A Polônia hoje é atualmente a 3ª colocada no ranking da FIVB. O técnico Vital Heynen conta com uma boa base, capaz de sonhar com o bicampeonato mundial.
Entretanto, destaques, como Winiarski, Zagumny e Wlazly, não fazem mais parte da seleção, e o ponteiro Mateusz Mika, craque do Mundial 2014, luta contra os problemas físicos.
Entretanto, destaques, como Winiarski, Zagumny e Wlazly, não fazem mais parte da seleção, e o ponteiro Mateusz Mika, craque do Mundial 2014, luta contra os problemas físicos.
Irã
O está na 8ª colocação do ranking da FIVB, e em 2014 obteve a sua melhor colocação num Campeonato Mundial, ficando em 6º lugar, efeito do ótimo trabalho do técnico Júlio Velasco no voleibol persa. Repetir essa posição é algo complicado, em um Mundial ainda mais equilibrado. Os destaques individuais são o levantador Saeid Marouf, e Seyed Mousavi.
Cuba
A seleção cubana é a 16º no ranking da FIVB, ao lado da Austrália. O time do técnico Orlando Samuels, perde muitos jogadores para outros países, o que dificulta a montagem de uma seleção ainda mais competitiva, e faz o time estar em constante renovação. Leon, Juantorena, Leal e Simon, são exemplos de atletas que poderiam estar defendendo a seleção cubana, mas escolheram outros países.
Finlândia
A Finlândia do técnico argentino Daniel Castellani está em 18º no ranking da FIVB, e chega com opções para passar de fase.
Porto Rico
A seleção portorriquenha é a 29º colocada no ranking da FIVB, e não deve estar na fase seguinte.
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