Está começando nesta Sexta-feira, dia 1° de Dezembro, o Campeonato Mundial de Handebol de feminino de 2017, a ser realizado na Alemanha. Esta é a 23ª edição do evento, e contará com 24 equipes atuando nas cidades germânicas de Bietigheim-Bissingen, Tréveris, Oldemburgo, Leipzig, Magdeburgo e Hamburgo. Campeão do mundo em 2013, na Sérvia, o Brasil vai ao território germânico almejando uma boa campanha, sendo um dos candidatos ao título, embora não o favorito.
No Grupo A, estão Angola, Espanha, França, Paraguai, Romênia e Eslovênia. O Grupo B, o da "morte", possui os selecionados de Suécia, Polônia, Argentina, República Tcheca, Hungria e Noruega. O Brasil está no Grupo C, ao lado de Dinamarca, Japão, Montenegro, Rússia e Tunísia, enquanto, Alemanha, China, Camarões, Coréia do Sul, Holanda e Sérvia integram o Grupo D.
Ao final da primeira fase, os quatro primeiros colocados de cada chave se classificam para as oitavas-de-final. Quem avançar vai para as quartas-de-final, com a grande final ocorrendo no dia 17 de dezembro, na cidade de Hamburgo. Os eliminados na fase de grupos, vão disputar a President's Cup, um torneio de consolação que define os colocados entre o 17° e o 24° lugar.
As 24 seleções e os grupos:
Grupo A
Uma chave boa. Assim podemos definir a chave A. A França, medalhista de prata nos Jogos Rio-2016, pode ser a surpresa deste Mundial, liderada por Alisson Pineau, eleita pela IHF (International Handball Federation) a melhor jogadora do mundo em 2009. A Romênia, comandada pelo espanhol Ambros Martín, e com o canhão de Cristina Neagu em quadra, é uma seleção sempre competitiva, e as duas devem ser as potências da chave.
A Eslovênia, como toda seleção báltica, é sempre forte, com um contra-ataque e uma defesa bastante sólidos, mesmo sem ter grandes estrelas. A chave ainda tem a Espanha, medalhista de bronze no Mundial de 2011 e nos Jogos Olímpicos Londres 2012, e uma força média assim como a Eslovênia, além da ascendente seleção de Angola, surpresa do Rio-2016, e o Paraguai, que é a seleção mais fraca deste grupo.
Grupo B
O grupo B, pode ser considerado o grupo da morte. Chave da forte seleção norueguesa, o grupo tem a República Tcheca, a Suécia e a Hungria, todas de certa tradição, além da ascendente seleção da Argentina, e a Polônia, que chegou às semifinais do último Mundial, embora não venha em um bom ciclo.
A Noruega busca seu o quarto título mundial, tentando revalidar a taça assegurada na Dinamarca, em 2015. As norueguesas ainda foram campeãs em 2011 e 1999. O time do técnico Hergeirsson também conquistou o último europeu, e foi bronze no Rio-2016. Pode ser considerada a grande favorita ao título, talvez ao lado de Holanda e Alemanha. Os principais destaques da equipe treinada pelo técnico islandês Thorir Hergeirsson desde 2009, são a armadora-direita Nora Mørk, artilheira da Rio-2016 e do Europeu de 2016, e a ótima Heidi Loke. A sul-americana Argentina, do técnico Eduardo Peruchena, aposta na armadora-direita Luciana Mendoza e na armadora-central Elke Karsten, para tentar um milagre e chegar nas oitavas-de-final.
Grupo C
O grupo C tem a tradicional Dinamarca, a Rússia, campeã olímpica, o campeão mundial de 2013 Brasil, Montenegro, que foi vice-campeão olímpico em Londres-2012, mais Japão e Tunísia.
A Rússia já foi campeã mundial em 2009, 2007, 2005 e 2001, e como parte da União Soviética, em 1990, 1986 e 1982. Ainda foi campeã olímpica no Rio-2016, e agora sonha em voltar ao lugar mais alto do pódio, mesmo vivendo um processo de renovação. O time será treinado pelo técnico Evgeny Trefilov, que retornou à seleção ainda em 2013. Ele tem como principais peças hoje, a armadora-central Daria Dmitrieva, destaque da última edição dos Jogos Olímpicos, e a ponta direita Anna Vykahireva, eleita a MVP do Rio-2016.
A seleção brasileira foi campeã mundial em 2013 na Sérvia, e é junto com a Coreia do Sul, uma das duas únicas seleções fora do continente europeu a subir ao lugar mais alto de um pódio mundialista. A mudança no comando técnico, com o dinamarquês Morten Souback deixando o cargo, para a chegada do espanhol Jorge Dueñas, ex-técnico de sua seleção natal. O destaque individual segue sendo a armadora-esquerda Duda, eleita a MVP do Mundial 2013 e a melhor jogadora do mundo em 2014.
Grupo D
foto: federação holandesa |
Atual vice-campeã européia, a Holanda vai encarar na primeira fase a anfitriã Alemanha, e as tradicionais Sérvia e Coréia do Sul, mais China e Camarões. Para analisar a chave, começamos com os mais fracos do grupo: Camarões e China. Sem dúvidas, o avanço da dupla seria as maiores surpresas dos últimos anos. As africanas chegam a este campeonato mundial depois de ficar com o bronze no campeonato da África, realizado no ano passado. É a sua segunda participação em um Mundial de Handebol feminino. A primeira foi em 2005, e terminou com o 22º lugar. Os a destaques do time são Abiabakon Berthe, que joga na liga francesa, e Mossy Solle Jacqueline, que joga na liga húngara.
Já a China, chegou ao Mundial após ter ganhado o bronze no campeonato asiático. As asiáticas têm experiência no torneio, jjáque estiveram em quase todos os campeonatos mundiais desde 1986, sendo um oitavo lugar sua melhor classificação. As jogadoras a serem destacadas são Zhung Mengying e Chang Haixia.
Continuamos com a Coréia do Sul e a Sérvia. As sul-coreanas vêm da conquista da medalha de ouro no campeonato asiático, com um bom ataque, mas uma defesa que preocupa. A Sérvia, vice-campeã do mundo em 2013, tem como Andrea Lekic e Dragana Cvijic suas principais jogadoras.
As favoritas deste grupo D, são Holanda e Alemanha. A anfitriã Alemanha joga em casa com uma equipe muito jovem, e vai depender muito de Clara Woltering para fazer bonito em casa. Já a Holanda, da treinadora Helle Thomsen, vem de um ótimo europeu, e tentará awe campeã do principal campeonato balonmanístico. Nycke Groot, foi eleita MVP do último europeu, e tem Tess Wester e Estaman Polman como boas escudeiras nesta saga.
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