Após sediar os Jogos Olímpicos em Agosto, o Rio recebe agora em setembro os Jogos Paralímpicos, dando sequência ao show de eventos esportivos. A competição, que vem evoluindo junto com as competições olímpicas desde o fim da Segunda Guerra Mundial, teve a sua primeira edição em Roma-1960, , com 400 atletas inscritos, de 23 países. Desde então, são promovidos a cada quatro anos, assim como os Jogos Paraolímpicos de Inverno, que tiveram sua primeira edição em 1976, com sede em Örnsköldsvik, na Suécia.
O maior evento esportivo do mundo para deficientes acontecerá na cidade maravilhosa, entre os dias 7 e 18 de setembro. Está será a 1º edição dos Jogos Paralímpicos disputados na América do Sul, na América Latina e em um país de língua portuguesa.
O estádio do Maracanã será o palco das cerimônias da abertura e do encerramento. As grandes novidades para o Rio-2016 são as inclusões da para-canoagem e do Paratriatlo.
O simpático Tom, inseparável companheiro de Vinícius, será o mascote dos Jogos Paralímpicos Rio-2016.
As modalidades:
Atletismo
O atletismo faz parte do programa dos Jogos Paralímpicos desde a primeira edição do evento, que aconteceu em Roma-1960. O atletismo paralímpico conta com provas de pista, as maratonas, e as provas de campo, que incluem saltos, lançamentos e arremessos.
No total, o Brasil já faturou 109 medalhas em Jogos Paraolímpicos nesta modalidade, sendo 32 de ouro, 47 de prata e 30 de bronze. Em Londres 2012, o país conquistou sete medalhas ouros, oito de prata e três de bronze, sendo o sétimo país com mais medalhas na modalidade. Teresinha Guilhermina, Petrucio Ferreira, Yohansson Nascimento, Daniel Tavares, Felipe Gomes, Alan Fonteles e Shirlene Coelho são os principais atletas brasileiros no esporte base dos Jogos.
Tiro com arco
O tiro com arco paralímpico pode ser disputado por pessoas com amputações, paralisias, atrofia e escleroses, paraplégicos, e tetraplégicos. Apartir daí, os atletas são divididos em três classes.
Ciclismo
Nas paralimpíadas des 1984, o ciclismo para deficientes tem provas de estrada e de pista. Com bicicletas de duas ou três rodas, os ciclistas tem completar um determinado percurso no menor tempo possível.
Natação
Bem similar à natação olímpica, é disputada por atletas de diferentes deficiência, divididos em classes.
Bocha
A bocha paralímpica é disputada por atletas cadeirantes.
Goalball
O goalball é o único esporte paralímpico que não é uma adaptação de outra modalidade, e sim uma modalidade exclusiva para atletas com deficiência. Cada equipe conta com três jogadores titulares e três reservas. Os atletas são ao mesmo tempo arremessadores e defensores, e tentam fazer o gol com a bola, que tem guizos para a orientação.
Vôlei Sentado
Surgido a partir de uma combinação do vôlei com outros jogos adaptados, o vôlei sentado entrou para o programa paralímpico ainda em 1980, com as competições masculinas. A modalidade feminina entrou para os Jogos já nos anos 2000.
O Brasil é o atual vice-campeão mundial e campeão parapan-americano, joga em casa, e é um dos principais favoritos ao pódio no naipe masculino. Bósnia e Irã, finalistas das últimas quatro edições dos Jogos Paralímpicos, devem ser os maiores adversários dos brasileiros.
No feminino, as brasileiras, atuais vice-campeãs parapan-americanas também tem boa possibilidade de subir no pódio. A China é a grande favorita ao ouro.
Rúgbi de cadeira de rodas
No rúgbi em cadeira de rodas, homens e mulheres competem juntos. São cadeirantes, que tem como objetivo completar o try, atravessando a quadra.
Canadá e Japão são os países mais fortes.
Canadá e Japão são os países mais fortes.
Esgrima
A esgrima paralímpica é praticada por atletas com deficiência locomotora, e praticada em cadeira de rodas.
Futebol de 5
Um dos esportes que mais atenção despertam nos Jogos paralímpicos é o Futebol de 5. Disputado por atletas com deficiência visual em um campo de 40mx20m. O Brasil é o atual tricampeão Paraolímpico. No Rio-2016, teremos ainda na disputa as seleções de Argentina, China, Espanha, Irlanda, Marrocos, México e Turquia.
Futebol de 7
Uma das modalidades mais tradicionais dos Jogos paralímpicos, o Futebol de 7 é praticado por atletas com paralisia cerebral. Sete atletas atuam em um campo de 75mx55m, em um jogo bem similar ao futebol, tradicional.
Atual campeã mundial e paraolímpica, a Rússia chegaria ao Rio como favorita para tentar revalidar o seu título, mas o país acabou excluído dos Jogos. Em Londres, a seleção russa bateu a Ucrânia na decisão por 1x0. E são justamente os ucranianos, atuais campeões europeus, que assumem o favoritismo ao ouro, com a ausência dos russos.
Sem a Rússia, o Brasil, que joga em casa e foi semifinalista da última paraolimpíada e do último Mundial, passa a ter mais condições de sonhar com o pódio, e até com o ouro. Na semifinal do último Mundial o Brasil acabou derrotado pela Ucrânia, e tentará a revanche, em eventual novo encontro.
Além de Brasil e Ucrânia, Argentina, Grã Bretanha, Estados Unidos, Irã, Irlanda e Holanda também estarão nas disputas, e nenhuma destas seleções pode ser descartada na luta por um lugar no pódio.
Basquete em cadeira de rodas
No basquete em cadeira de rodas, o jogador deve sempre quicar, arremessar ou passar a bola, a cada dois toques dado na cadeira de rodas. Na classificação funcional, os atletas são classificados pelo seu comprometimento físico motor, em escalas que vão de 1 á 4,5. Quanto menor a classe, maior o grau de deficiência. Uma equipe tem em quadra cinco jogadoras, e a soma da avaliação de deficiência deles, não pode ultrapassar 14.
O grande clássico mundial do basquete em cadeira de rodas, coloca frente a frente Austrália e Canadá. Em Londres-2012 e Atenas-2004, o Canadá se sagrou campeão paralímpico enquanto a Austrália levou a melhor em Pequim-2008.
Tiro esportivo
A classificação dos atletas do tiro esportivo paralímpico é feita de acordo com os diversos tipos de deficiência. Os modelos de competição são similares aos do tiro olímpico, embora em alguns casos, os atletas possam usar um suporte para a sua arma.
Halterofilismo
No halterofilismo paralímpico, os atletas permanecem deitados em um banco, e executam um movimento conhecido como supino. Hoje, competem nesta modalidade atletas com modalidade pessoas com deficiência física nos membros inferiores ou paralisia cerebral.
Triatlo
No triatlo paralímpico, competem homens e mulheres , numa prova que engloba 750m de natação, 20 km de ciclismo, e 5km de corrida. As provas podem ser disputadas por atletas com diferentes deficiências, como cadeirantes, cegos e amputados.
Hipismo
O hipismo paralímpico conta apenas com o adestramento paraequestre, tendo provas em nível individual, estilo livre individual e por equipes.
Vela
A vela paralímpica é disputada em três categorias, todas sem divisão de gênero. Homens e mulheres velejam juntos, na 2.4mr, na Sonar e na SKUD18. A classe SKUD18 é disputada em duplas mistas.
Canoagem de velocidade
A paracanoagem conta com atletas com deficiência físico-motora, e é novidade no Rio-2016.
Remo
No remo paralímpico, os atletas são divididos em diferentes classes, e cada classe usa um barco diferente.
Tênis
Surgido nos EUA, o tênis sobre cadeira de rodas entrou para o programa dos Jogos Paralímpicos em Barcelona-1992. No Rio-2016, teremos as disputas dos torneios masculinos, femininos e mistos – individuais e em duplas.
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