Se Michael Phelps tivesse decidido parar de nadar em 2004, com 19 anos, já teria entrado para a história. Se tivesse parado de nadar em 2008, após Pequim, já seria o maior da história da natação. Ele ainda foi à Londres-2012, ampliou seu cartel de medalhas, e chegou a anunciar a sua aposentadoria. Quiseram os deuses do esporte, que voltasse atrás e disputasse o Rio-2016. Se Phelps não precisava de mais nada para entrar para a história, a História precisava de Phelps para engrandece-lá. E foi isto, que o norte-americano fez na capital carioca: redefiniu a história.
Phelps encantou nas raias olímpicas do parque aquático do Rio de Janeiro. Em Pequim-2008, ele já havia batido o recorde de medalhas e Ouros de Mark Spitz. Em Londres-2012, ele superou Larissa Latynia. No Rio-2016, Phelps mostrou ser o maior atleta da história. Ele ampliou a sua coleção de medalhas olímpicas, conquistando mais seis. Agora, ele soma 28, sendo 23 de ouro. Ao vencer a prova dos 200m medley, ele alcançou a sua 13ª medalha de ouro em competições olímpicas individuais, se tornou o primeiro nadador tetracampeão olímpico de uma mesma prova individual e superou Leônidas de Rodes, o maior atleta olímpico da Antiguidade. Leônidas, durante 12 anos dominou os Jogos da Grécia. Foi o maior herói olímpico dos anos anteriores ao nascimento de Cristo. Seus feitos se tornaram imortais, e mais de 2000 mil anos depois ainda se fala nele.
E foi isto que Phelps consolidou no Rio: ser o maior atleta dos 120 anos de história dos Jogos Olímpicos da era moderna. Mais do que atleta, ele virou lenda. Se daqui há dois mil anos a Terra ainda existir, se falará em Phelps. Assim como Leônidas, ele dominou um esporte individual durante 12 anos. Ainda participou de provas de revezamento. Sua capacidade ímpar o diferenciam do resto, e deixam claro que nos últimos anos, nós acomapnhamos a trajetória de um dos maiores seres humanos da história.
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