Guia Rio-2016: Futebol



Guia Rio 2016: Futebol


Durante muitos anos, o Torneio olímpico foi a grande competição mundial de futebol. O esporte foi incluído nos Jogos em St. Louis 1904, enquanto somente em 1930 a primeira Copa do Mundo da modalidade foi disputada no Uruguai.


Os uruguaios, por sinal foram os primeiros campeões mundiais em 1930, conquistando também o ouro Olímpico em 1924 e 1928. A Itália, campeã Mundial em 1934 e 1938 venceu o torneio olímpico de 1936.


Depois da 2° guerra Mundial, o torneio olímpico de futebol perdeu muito espaço, passando a ser disputado por seleções amadoras. As seleções do Leste Europeu, onde os jogadores nesses países não eram, em teoria, profissionais, levavam ampla vantagem, podendo assim enviar aos Jogos Olímpicos suas seleções principais.


Para a Olimpíada de Los Angeles 1984,o Comitê Olímpico Internacional passou a permitir a participação de jogadores profissionais. Após um acordo com a FIFA, foi permitido que jogadores que nunca tivessem jogado uma Copa do Mundo disputassem os jogos. A França acabou levando o Ouro naquela ocasião, enquanto a União Soviética o fez em 1988.


A partir de Barcelona-1992, passaram a ser permitidas apenas inscrições de jogadores com menos de 23 anos no futebol masculino, com a exceção de três jogadores sem limite de idade por seleção, tornando assim a competição sub-23.


A Espanha foi a medalhista de Ouro em 1992, com Nigéria e Camarões, vencendo a competição em 1996 e 2000, respectivamente.


Posteriormente, a Argentina foi bicampeã olímpica em Atenas-2004 e Pequim-2008, enquanto o México se sagrou campeão após vencer o Brasil por 2x1 na decisão em Londres-2012.


O maior artilheiro da história do futebol masculino na história dos jogos olímpico é o húngaro Ferenc Bene, com 12 gols marcados em 5 partidas nos Jogos Olímpicos de Tóquio, em 1964. No feminino, a brasileira Cristiane, também com 12 gols marcados, é a maior artilheira Olímpica.


O futebol feminino foi incluído nos jogos Olímpicos em Atlanta-1996. As seleções podem desde então utilizar as suas equipes principais. Os EUA conquistaram a primeira medalha de Ouro da história, chegando em todas as finais já disputadas até hoje. Apenas nos jogos de Sydney, em 2000, as norte-americanas acabaram derrotadas pela Noruega na decisão, ficando com a prata.


Posteriormente, os EUA derrotaram o Brasil em duas finais olímpicas consecutivas: Atenas-2004 e Pequim-2008. Em Londres-2012, as norte-americanas conquistaram o tricampeonato olímpico consecutivo, após derrotar o Japão na decisão.


O Futebol nos Jogos Olímpicos 2016, terá como sedes, além do Maracanã Rio de Janeiro, o Itaqueirão em São Paulo, o Mineirão em Belo Horizonte, o Estádio Mané Garrincha em Brasília, e a Arena da Amazônia, em Manaus.





O Futebol nos Jogos Rio 2016:



O Brasil se deu bem em ambos os sorteios, tendo tudo para iniciar a caminhada em busca das inéditas medalhas de Ouro.



A seleção feminina estréia no dia 3 de agosto contra a China, no estádio Nilton Santos, no Rio de Janeiro. Ainda pela 1° fase, no dia 6 de agosto, enfrenta a Suécia, novamente no estádio Nilton Santos. Completa a primeira fase no dia 9 de agosto contra a África do Sul, desta vez na Arena Amazônia, em Manaus.


O masculino estreia no dia 4 de agosto, um dia antes da abertura, no estádio Mané Garrincha, em Brasília, contra a África do Sul. No dia 7 de agosto, enfrenta o Iraque, também em Brasília. Fecha a primeira fase no dia 10 de agosto, contra a Dinamarca.




Guia do torneio Olímpico de Futebol Masculino do Rio 2016?


Favorito ao Ouro: Brasil
Ainda lutam por medalhas: Argentina, México, Colômbia e Alemanha
Os Grupos



Grupo A: Brasil, África do Sul, Iraque, Dinamarca
Grupo B: Suécia, Colômbia, Nigéria, Japão
Grupo C: Fiji, Coreia, México, Alemanha
Grupo D: Honduras, Argélia, Portugal, Argentina

Perfil das Seleções



Brasil

Rogério Micale terá mais uma vez uma tarefa difícil em suas mãos. Depois de assumir a seleção brasileira Sub-20 pouco antes do começo do Mundial da categoria na Nova Zelândia, agora ele assumiu o cargo de treinador da Seleção Olímpica, faltando dois meses para as Olimpíadas do Rio 2016. Desta vez, a tarefa veio após a demissão de Dunga, que acumulou fracassos com a Seleção Principal. O novo comandante do escrete canarinho, Tite, decidiu deixar a equipe olímpica com Micale, que terá uma oportunidade tão grandiosa quanto os seus desafios. 



Jogando em casa, o Brasil terá a disposição o seu melhor jogador, Neymar, e praticamente a força máxima Sub-23, no que se incluiu a excelente safra de meias e atacantes, que inclui nomes como Rafinha, Felipe Anderson, Gabriel, Gabriel Jesus e Luan. A medalha de ouro inédita é quase uma obrigação, mas resta saber como estes garotos, muitos sem bagagem, irão lidar com a pressão. Além de Neymar, o meia-atacante Renato Augusto é o único jogador brasileiro com mais de 23 anos convocado, que estará presente no Rio. 



O experiente goleiro Fernando Prass também havia sido convocado, mas uma lesão no cotovelo gerou o seu corte. Com isto, o Brasil terá apenas os jovens Uilson e Jean para a posição. Exceção feita aos zagueiros Luan e Marquinhos, o restante do sistema defensivo também não é muito rodado, gerando uma certa preocupação nos torcedores. 



Dinamarca


A Dinamarca tem revelado bons valores nos últimos anos, mas não poderá contar com seus principais atletas da categoria no Rio-2016, como o atacante Viktor Fischer, os defensores Andreas Christensen, Vestergaard e Sorensen, e o meia Pierre Hojbjerg. Com isto, o técnico Niels Frederiksen decidiu convocar três atletas acima dos 23 anos, na esperança de fazer uma boa campanha. Destes, os nomes mais conhecidos são os do meia Lasse Vibe, do Brentford-ING, e o do atacante Emil Larsen, jogador do Lyngbyrr que já marcou 11 gols com a camisa da seleção principal. 



Dos jogadores Sub-23, a principal figura é a de Yussuf Poulsen, centroavante de 22 anos do Leipzig-ALE. Muito forte no jogo aéreo, ele foi um dos grandes destaques da equipe nas eliminatórias da Euro Sub-21, com 38 gols marcados em 12 jogos.


Iraque 



Depois de 12 anos, o Iraque volta ao torneio olímpico de futebol masculino. Em Atenas-2004, a seleção do Oriente Médio passou da fase de grupos, com campanha que incluiu um 4 x 2 sobre o forte time de Portugal, de Cristiano Ronaldo. O país ainda passou pelas quartas, e só caiu nas semifinais, diante do Paraguai, perdendo também a disputa do terceiro lugar para Itália. 

Depois da campanha excelente no asiático Sub-23 no começo do ano, a se lamentar apenas os desfalques, que acometeram quase todas as seleções do torneio olímpico masculino este ano. 


África do Sul 


A África do Sul foi terceira colocada na última Copa Africana de Nações sub-23. O goleiro February foi o grande herói da classificação, defendendo três cobranças na disputa de pênaltis contra Senegal, e colocando o seu time nas Olimpíadas. 

Para o Rio 2016, os "Bafana-Bafana" convocaram dois jogadores acima de 23 anos: o goleiro Itumeleng Khune e o zagueiro Erick Mathoho, ambos jogadores experientes do Kaizer Chiefs. O atacante Ty, do Grêmio, também estará presente na capital carioca. 



Colômbia 

A Colômbia conta com uma geração muito boa. Mesmo sem ter o seu principal jogador da categoria Sub-23, o atacante Marlos Moreno, campeão da Libertadores com o Atlético Nacional, e já contratado pelo Manchester City, ainda sobram algumas peças de qualidade. Juan Quintero, que quase reforçou o Internacional e pertence ao Porto. O garoto, revelado no Envigado, que também deu ao mundo outros nomes como James Rodríguez e Guarín, tem muita qualidade técnica e habilidade, além de cobrar bem faltas e ter grande visão de jogo e ótimo passe. Ele defendeu seu país inclusive na última Copa do Mundo.

Para conquistar a classificação para os Jogos Rio 2016, a Colômbia teve de passar por duas etapas: a primeira foi o sul-americano sub-20, que só oferecia uma vaga na competição olímpica deste ano, que ficou com a campeã Argentina. Os colombianos terminaram o hexagonal final na segunda posição, o que lhes deu direito de disputar a repescagem intercontinental, contra os Estados Unidos. O Rio 2016 marcará a quinta participação dos colombianos em um Torneio Olímpico Masculino de Futebol, em nenhuma das quatro edições anteriores a equipe conseguiu passar da primeira fase. 

O Japão garantiu a sua vaga no torneio olímpico do Rio 2016 após conquistar o pré-olímpico asiático, batendo na grande final a Coréia do Sul por 3 a 2.

Nigéria

Campeã do torneio africano Sub-23, a Nigéria derrotou a Argélia na grande decisão por 2 a 1. As Super águias possuem duas medalhas em Jogos Olímpicos, uma de ouro (1996) e outra de prata (2008).


Convocado como um dos jogadores com maias de 23 anos Obi Mikel,  do Chelsea, é o principal destaque da equipe.

Suécia

A Suécia chega ao Rio 2016 após uma surpreendente campanha na EURO sub-21, disputada na República Tcheca, onde sagrou-se campeã. Com uma vitória sobre a Itália (2 a 1), uma derrota para a Inglaterra (1 a 0) e um empate contra Portugal (1 a 1), os suecos superaram o grupo da morte e avançaram para segunda fase do torneio europeu com a segunda vaga da chave. Na semifinal a equipe sueca goleou a Dinamarca por 4 a 1, na decisão, novamente contra a seleção portuguesa, em um duelo disputado que terminou em outro empate, só que dessa vez sem gols, e precisou ser decidido nos pênaltis (triunfo dos suecos por 4 a 3). A Suécia conquistou três medalhas no Futebol Olímpico Masculino, uma de ouro (1948) e duas de bronze (1924 e 1952). 


México

Aual campeão olímpico, depois de derrotar o Brasil na final de Londres-2012 por 2 a 1, o México merece muito respeito no Rio. A vaga olímpica veio após a conquista do Pré-Olímpico Masculino da CONCACAF, em uma campanha quase perfeita. A equipe vence os seus três jogos da fase de grupos,  contra a Costa Rica (por 4 a 0), o Haiti (por 1 a 0) e Honduras (por 2 a 1), antes de derrotar o Canadá por 2 a 0 na semifinal e Honduras por 2 a 0 na decisão.

O principal destaque da equipe é o meia-atacante Hirvin Lozano. 
Alemanha 

A Alemanha reunificada fará a sua estréia no torneio olímpico de futebol. Parece estranho que o país com mais títulos de grandes torneios (Copa do Mundo e Eurocopa), tenham tão pouca tradição olímpica. A extinta Alemanha Ocidental, e especialmente a Alemanha Oriental, até tiveram algum sucesso no antigo formato, mas estas medalhas, por conta dos critérios do COI, não foram herdadas.

Além disto, a mudança do formato do torneio para a categoria Sub-23, também explica a ausência de histórica olímpica no futebol alemão. Conquistar títulos não é a prioridade, mas sim a formação de novos valores. A campanha da Alemanha no Europeu Sub-21 de 2015, não foi nada fantástica. A equipe fez uma primeira fase modesta, e acabou levando 5 a 0 de Portugal na semifinal. Encerrou a sua campanha na quarta colocação, o suficiente para se garantir no Rio.

Prova dá pouca importância que a Alemanha dá ao torneio olímpico, é que não hesitou de levar nem mesmo os seus destaques Sub-23 para Eurocopa, praticamente inviabilizando a sua ida para a Olimpíada. Nomes com,o Draxler, Krimmich e Sané, todos com menos de 23 anos, já fazem parte da equipe principal de Joachim Low. Os principais nomes do elenco tetracampeão do mundo, como Neuer, Muller e Ozil nem foram cogitados para vir ao Rio.

Com isto, poucos destaques alemães acabaram convocados. Único jogador presente na Copa do Mundo de 2014 a também vir ao Rio, Gunter espera ter a mesma sorte que teve em 2014, pouco mais de dois anos depois. Os irmãos Lars e Sven Bender são os grandes destaques dentre OAS jogadores com mais de 23 anos. Entre os jogadores Sub-23,

Coréia do Sul

A Coreia do Sul garantiu vaga nos Jogos Olímpicos do Rio 2016 após ficar com o vice-campeonato da Copa da Ásia, disputada em Doha, no Catar. Na final os sul-coreanos foram derrotados pelo Japão, por 3 a 2. 

Fiji

Não fosse toda a bagunça da federação da Oceania, Fiji não estaria no torneio olímpico do Rio 2016. A vaga veio após a campanha nos Jogos do Pacífico, onde o país goleou na primeira fase a Micronésia por 38 a 0 (isto mesmo), e posteriormente derrotou Vanuatu nos pênaltis na Final.
Argentina


Medalhista de ouro em Atenas-2004 e Pequim-2008, a Argentina chega forte na disputa por uma medalha no futebol masculino do Rio-2016. Mas, menos forte do que poderia chegar. Após garantir a vaga olímpica com o título do Sul-americano Sub-20 em 2015, se projetava a montagem de um projeto forte, mas que foi brevemente desestruturado.


A ideia inicial era de que o treinador da seleção principal, Tata Martino, dirigisse também a equipe olímpica no Rio. Pois faltando cerca de um mês para os Jogos, o mesmo acabou pedindo demissão, após dois vice e campeonatos da Copa América e vários meses de salários atrasados. Em meio a tudo isto, a AFA (Associação de Futebol da Argentina) vive a pior crise institucional de sua história. A entidade sofreu intervenções do governo argentino e da FIFA após o chamado "FIFA Gate" de forma interina por uma comissão normalizadora.


Sem uma equipe consolidada de dirigentes e um técnico, foi difícil negociar a liberação de atletas para a Olimpíada. O resultado, é que a Argentina não terá nenhum dos seus principais jogadores no Rio, incluindo aí os Sub-23. Messi, Aguero, Mascherano, Di Maria, e até mesmo os Sub-23 Dybala, Icardi, Paredes, Kranevitter, Vietto e Joaquin Correa estão com os seus clubes em pré-temporada, e assistirão as competições olímpicas pela TV. Entretanto, mesmo com todos os problemas, é difícil montar uma seleção argentina fraca. E isto ficou provado co, o time que vem ao Rio.


Mesmo sem os seus principais garotos e muita desfalcada, a Argentina conseguiu montar um bom time Sub-23, reforçado pelo goleiro Rulli e pelo defensor Cuesta, chamados na cota dos atletas com mais de 23 anos. O meia Lanzini se lesionou durante a preparação, mas Lo Celso, Angelito Correa, Calleri e Giovanni Simeone são alguns dos principais jogadores argentinos que vem ao Rio. Na prática, apenas o Brasil tem um time superior à Argentina no papel, mas vários outros países tem um projeto olímpico melhor montado e estabelecido. A dúvida é saber o que irá prevalecer em campo.
Argélia


A Argélia chega forte para o Rio-2016. Vice-campeã do Africano Sub-23, a equipe tem no meia Zinedine Ferhat, de 23 anos, do Alger, o seu principal ponto técnico. O goleiro Abdelkader Salhi, é outro destaque.




Honduras

Vice-campeã do pré-olimpico da CONCACAF, perdendo a decisão por 2 a 0 para o México, Honduras tirou os EUA do Rio-2016, e merece respeito. Certamente, Portugal e Argentina largam como favoritos na chave, e a Argélia é a terceira força, mas não dá para esperar um nível muito baixo dos  hondurenhos.


Portugal


Portugal não terá Cristiano Ronaldo e o campeões da Europa, nem mesmo os que possuiam idade olímpica como Renato Sanches. O grande destaque da seleção lusitana no Rio-2016, será o meia Bruno Fernandes da Udinese, jogador de muita qualidade técnica. 

A vaga de Portugal no Rio-2016, veio após a equipe ser vice-campeã do Euro Sub-21 de 2015, derrotada na final apenas nas penalidades, pela Suécia. 

Por conta do fraco nível tecnico do torneio, Portugal até pode sonhar com uma medalha, embora o seu time também esteja bem abaixo do imaginado, perto da excelente geração de jogadores que tem surgido no país.




O que esperar do torneio Olímpico de Futebol Feminino do Rio 2016?


Favorito ao Ouro: EUA
Ainda lutam por medalhas: França, Brasil, Suécia e Alemanha


Os grupos


Grupo E: Brasil, China, Suécia e África do Sul
Grupo F: Canadá, Austrália, Zimbábue e Alemanha
Grupo G: EUA, Nova Zelândia, França e Colômbia

As Favoritas:


Atuais campeões mundiais e tetracampeões olímpicos, os EUA da treinadora Jill Ellis são, indiscutivelmente, o time a ser batido atualmente no futebol feminino de seleções. Com toda a força da bicampeã Mundial Alemanha, do país-sede Brasil e da ascendente França, não há como deixar de apontar as norte-americanas como as grandes favoritas ao ouro no Rio 2016. 

Os desfalques das americanas para o Rio ficam por conta das aposentadas Abby Wambach, maior artilheira da história do USWNT com 184 gols, Lauren Holiday e Shannon Boxx. A excelente Megan Rampone sofreu uma lesão no joelho, enquanto Sydney Leroux está em licença maternidade. A aposta é na atual melhor do mundo, Carlo Lloyd, na goleira Hope Solo, na artilheira Alex Morgan, e em novidades como Crystal Dunn, Lindsey Horan e Mallory Pugh.


Outra grande candidata às medalhas, é a Alemanha. O país germânico é bicampeão da Copa do Mundo (2003 e 2007), mas nunca conquistou o ouro olímpico, tendo conquistado apenas a medalha de bronze nos jogos de Sidney-2000, Atenas-2004 e Pequim-2008. Ausente da última edição dos Jogos, em Londres, e vivendo uma certa renovação, o desempenho alemão ainda é uma incógnita, embora a aposta seja e uma boa campanha..


Depois de bater na trave em Atenas e Pequim, o Brasil de Marta, Formiga e Cristiane, tenta chegar ao lugar mais alto do pódio, jogando em casa. Os resultados recentes não são bons, especialmente por conta da organização, mas a aposta é nas individualidades e no apoio da torcida, para fazer história.



A França terminou em quarto lugar, tanto a Copa do Mundo de 2011 quanto nos Jogos Olímpicos de 2012, e só foi eliminada na última Copa do Mundo, em 2015, após ser derrotada nos pênaltis pela Alemanha nas quartas de final. Os Jogos olímpicos do Rio 2016 podem ser os da afirmação francesa como potência mundial do futebol feminino, algo que virá com a conquista de uma medalha.


Para isto, o técnico Philippe Bergeroo conta com várias jogadoras de qualidade, como Louise Necib, do Lyon, uma das melhores do planeta. A jovem Wendie Renard, é uma das grandes promessas do torneio, e tem tudo para seguir os passos da já firmada Eugénie Le Sommer. 


Já a Suécia, para chegar no Rio 2016, teve de passar pelo pré-olímpico europeu, um quadrangular que ainda contava  com Noruega, Suíça e Holanda, já que a Inglaterra não pode participar dos Jogos Olímpicos, e Alemanha e França se classificaram via Copa do Mundo. A equipe derrotou tanto a Noruega, quanto a Suíça por 1x0, nas duas primeiras rodadas, e com um empate com a Holanda, assegurou a classificação para a sua 6° Olimpíada.


Agora, a experiente treinadora Pia Sundhage, bicampeã olímpica com os EUA, tenta conduzir o país a uma inédita medalha olímpica. O país conta com uma das melhores ligas do futebol europeu, e algumas de suas principais jogadoras também atuam na Alemanha e na França. Uma das melhores  zagueiras do mundo, a capitã Nilla Fischer defende o forte time do Wolfsburg, enquanto as atacantes Sofia Jakobsson, do Montpellier, e Lotta Schelin, campeã da Champions League feminina com o Lyon, jogam na França.




As demais seleções:



África do Sul



A África do Sul participará do Torneio Olímpico de Futebol Feminino pela segunda vez na história, depois de estrear em Londres 2012. Naquela ocasião, o país acabou derrotado por Suécia e Canadá, mas conseguiu arrancar um 0x0 contra o Japão, de maneira surpreendente.

Para chegar no Rio 2016, a África do Sul eliminou o Gabão, o Quênia e a Guiné Equatorial no qualificatório africano. Treinada pela holandesa Vera Pauw desde 2014, a equipe vem crescendo de produção, e tem em Roxanne Barker a sua principal referência em campo.


China



A China volta a disputar o torneio olímpico de futebol feminino, depois da ausência em Londres 2012. Treinada pelo  francês Bruno Bini, o time chinês chegou em 2° no pré-olímpico asiático, tirando a vaga da poderosa seleção japonesa.



O principal desfalque da China para os Jogos Olímpicos é o da goleira Wang Fei, que se aposentou da seleção. A sua substituta Zhao Lina, contudo, ven rendendo bem. O grande destaque da equipe, contudo, é a meia Wang Shuang. A esperança de gols, fica para a atacante Ma Xiaoxu.



Canadá


O Canadá conquistou a medalha de bronze nas Olimpíadas de Londres em 2012. No Rio 2016, a Seleção treinada pelo inglês John Herdman, tenta repetir o feito, ou quem sabe chegar em uma sonhada final.

A grande estrela da seleção canadense segue sendo a craque Christine Sinclair, mas outras jogadoras já despontam bem. A principal delas é Kadeisha Buchanan, revelação da Copa do Mundo 2015, e que com apenas 20 anos já é uma das melhores zagueiras do planeta.

Austrália


Depois de chegar nas quartas-de-final de Copa do Mundo em 2015, quando eliminou o Brasil a Austrália foi campeã do pré-olímpico asiático, e chega bem gabaritada ao torneio de futebol feminino do Rio 2016.

A capitã e artilheira Lisa De Vanna é a principal referência de um elenco que ainda conta com várias outras peças de qualidade, como as meias Katrina Gorry e Emily van Egmond.


Nova Zelândia



A Nova Zelândia vem para a sua 3º Olimpíada consecutiva no Rio 2016, mostrando a ampla supremacia que tem na Oceania. A vaga veio com extrema tranquilidade nos playoffs contra a Papua Nova Guiné, campeã dos Jogos do Pacífico.


A defesa neozelandesa é o grande destaque da equipe, e costuma sofrer poucos gols. O grande problema está na hora de atacar. Marcando poucos gols, dificilmente o selecionado consegue algum destaque fora da Oceania. A expectativa neste Grupo do torneio olímpico de futebol feminino é disputar a 3º colocação da Chave com a Colômbia, e quem sabe tentar avançar para as quartas de final, como um dos dois melhores terceiros colocados.



Colômbia





A Colômbia vem para a sua 2º participação nos Jogos olímpicos. Em Londres-2012, as "Meninas Superpoderosas", como são apelidadas, terminaram na última posição do Grupo G, com derrotas nos três jogos contra Estados Unidos, França e Coréia do Norte. A equipe irá reencontrar no Rio os dois primeiros rivais, só que ao invés de enfrentar as norte-coreanas, terá as neozelandesas pelo caminho.


A vaga no Rio 2016 veio após a equipe ser vice-campeã da Copa América Feminina 2014, disputada no Equador. Com 100% de aproveitamento na primeira, fase, o time bateu as donas da casa e empatou com Brasil e Argentina no quadrangular final.


Na Copa do Mundo 2015, disputada no Canadá, mais uma grande campanha. As colombianas derrotaram a França na fase de grupos, e só caíram nas Oitavas de final, dificultando muito a vida dos EUA na derrota por 2x0. Ainda em 2015, a Colômbia foi medalhista de prata nos Jogos panamericanos, perdendo a decisão para o Brasil, por 3x0.


Sem a atacante Yoreli Rincon, que se machucou no meio do ano, a versátil meia Ospina e a capitão Natalia Gaitan são as principais referências da equipe comandada pelo competente Fabián Felipe Taborda, que desde 2012 vem promovendo uma ampla evolução no futebol feminino do país. A expectativa é de que a equipe brigue com a Nova Zelândia para terminar ao menos no 3º lugar do grupo, lutando por uma inédita vaga nas quartas de final



Zimbábue



O Zimbábue participará pela primeira vez de uma grande competição de futebol feminino fora da África. A equipe se assegurou nos Jogos Olímpicos Rio 2016 após eliminar Camarões, no confuso torneio de qualificação da África. As expectativas não são muito altas, e não protagonizar as mesmas goleadas sofridas pelas seleções africanas na Copa do Mundo 2015 parece ser o maior objetivo.


A seleção zimbabuana é treinada pelo local Shadreck Mlauzi. Chidi Dzingirai foi a principal jogadora da equipe no pré-olímpico.




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