Guia Rio 2016: Handebol
Apesar de ser um esporte jovem, o Handebol tem a sua origem em jogos que vem da antiguidade. A famosa Odisseia de Homero já citava um jogo chamado de “Urânia” praticado na Grécia Antiga, onde os jogadores movimentavam a bola com as mãos. A prática foi evoluída pelos romanos, e passada em diante através da história.
Muitos jogos similares ao Handebol já eram praticados por todo o continente europeu. Na Alemanha começaram a se popularizar as disputas em campo aberto, similares aos de futebol, com 11 jogadores de cada lado. A semelhança com o esporte mais popular do Planeta ajudou muito na massificação do Handebol, especialmente entre os operários de fábrica no começo do século XX, mas foi após a sua evolução para o espaço Indoor, dada pela dificuldade climática, que o esporte passou a ganhar identidade própria.
Prova da popularidade do Handebol na Alemanha, foi o sucesso da participação da sua versão ainda em campo, nos Jogos Olímpicos Berlim 1936. Um público de 100 mil pessoas assistiu a Alemanha vencer a Áustria por 10x6 na decisão, e ficar com o Ouro. Dois anos depois, em 1938, tivemos ainda o primeiro mundial de Handebol masculino, disputado também em solo alemão, tanto em sua versão de campo, quanto em sua versão Indoor (está ainda com quatro atletas).
Após uma breve ausência, o Handebol voltou aos Jogos Olímpicos em Helsinque 1952 como esporte de demonstração, mas somente nos jogos de Munique, em 1972, a sua versão Indoor adentrou à Olimpíada como esporte fixo, para nunca mais sair.
O Handebol hoje é disputado em uma quadra de 40m x 20m, com as metas medindo 3m x 2m. Na pequena área, de 6m, apenas o goleiro pode permanecer. Cada equipe tem 7 jogadores em campo.
Com o tempo, as competições olímpicas e mundiais de Handebol foram ganhando cada vez mais popularidade. As nações européias seguiram dominando o esporte, embora a Coréia do Sul, desde o final dos anos de 1980 tenha ganho muito espaço, e mais recentemente o Brasil, e em menor grau a Argentina e algumas nações africanas, também venham alcançando algum destaque.
O Handebol feminino nos jogos do Rio 2016
Grupo A: Brasil, Angola, Espanha, Montenegro, Romênia e Noruega.
Grupo B: França, Coréia do Sul, Argentina, Suécia, Rússia e Holanda.
Favorita ao Ouro: Noruega
Ainda Lutam por medalhas: Romênia, Montenegro, Holanda, Rússia, Brasil, Espanha e Coreia do Sul
Poucas disputas Olímpicas no Rio 2016 devem ser tão acirradas quanto a do Handebol feminino. A atual bicampeã olímpica e campeã mundial e européia Noruega, da craque Camilla Herrem, é uma forte candidata ao Ouro, mas terá vários rivais capazes de quebrar a sua hegemonia.
Um dos principais deles, é o Brasil. Jogando em casa, a Seleção campeã mundial em 2013 espera conquistar o Ouro, com aquela que talvez seja a geração mais talentosa de um país não europeu na história do Handebol. Recentemente, o Brasil teve duas jogadoras eleitas as melhores do mundo. Alexandra Nascimento, em 2012, e Duda Amorim, em 2014.
A Romênia, terceira colocada no último Mundial e equipe de Cristina Neagu, melhor jogadora do mundo, é outra forte candidata às medalhas, assim como Montenegro, da craque Katarina Bulatović. A quinta força, é a Holanda, atual vice-campeã Mundial.
Rússia, Espanha, Coreia do Sul, Suécia e França são as outras seleções que podem conquistar medalhas. Angola e Argentina, apesar de não terem aspirações de pódio, já mostraram muita força em Mundiais recentes, e não devem ser desprezadas.
O Handebol masculino nos Jogos do Rio 2016
Os grupos:
Grupo A: Tunísia, Argentina, Catar, França, Croácia e Dinamarca.
Grupo B: Brasil, Egito, Alemanha Suécia, Eslovênia e Polônia.
Favorita ao Ouro: França
Ainda Lutam por medalhas: Catar, Dinamarca, Croácia, Polônia e Suécia
O Handebol Masculino tem um favorito claro para estes jogos Olímpicos. Atual Campeã Mundial e Olímpica, a França tem um dos maiores favoritismos em esportes coletivos desta Olimpíada, e seria uma certa surpresa se não terminar com a medalha de Ouro. A equipe do técnico Claude Onesta, tem como destaques o goleiro Omeyer, o ponta Nyokas e o armador e craque da equipe Nikola Karabatic, eleito o melhor jogador do mundo em 2007 e 2014.
Mais 9 seleções ainda tem condições de subir ao pódio. O Brasil foi um dos países que mais cresceram no cenário do Handebol Mundial nos últimos anos, e atuando em casa, pode surpreender e alcançar o pódio.
Vice-campeão mundial em 2015, o Catar e a sua legião de naturalizados também entram bem cotados, assim como a Croácia, a campeã européia Alemanha, Dinamarca e Suécia. Polônia, Argentina e Eslovênia largam mais atrás na luta por um lugar no pódio, enquanto os africanos Egito e Tunísia devem ser figurantes.
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